Meu prazer é sua agonia, lambendo a ferida até infeccionar, suando o sal mais saboroso de todos, temperado com os fluidos sublimes da criação.
Seus olhos se reviram nas orbitas, a gastura da carne ralada, do ranger dos dentes, do arranhar das unhas no quadro negro, tão negro quanto o futuro de nossos descendentes. Me diga que andas de quatro maldito gado embotado de culpa, veste tua pele com o couro dos predadores mas não passa de gado no fim das contas.
Serve a um propósito não esclarecido sem deixar de morder os lábios ou estourar uma espinha, segue a escola dos libertários fajutos e faz sexo anal sem proteção. Come o coração podre da ovelha branca de extrema direita, se auto mutilando ao arrancar nacos de pele morta com pedaços de carne viva.
Montamos um frigorífico para esquartejar carneiros, cabras e novilhos, o gosto do sangue do açougueiro, as tripas dos animais e a vida dos ruminantes. Os porcos morrem como morrem os homens, guinchando por suas vidas de comilança e sexo com porcas, até que as ultimas gotas de vitae derramado nos prove que não passamos de porcos símios desesperados com a certeza do abate.
Um beijo forte com os lábios cortados, a língua sente o gosto do ferro e engasga com a hemorragia se afogando no próprio sangue escuro e emplastado que apodrecia em minhas veias.
O álcool me faz lembrar que a tristeza é para os momentos de sobriedade, me deixa de fogo enquanto o peito congela ao ver que seus olhos foram arrancados com garfos para salada. Um Martini com pus, um Gin com cascas de ferida, um uísque com gelo de sangue aidético e uma cerveja de urina de gato.
Minha querida comeu muita carne crua, ela quer vomitar em sua privada para depois embrulhar e comer
No
Minhas asas de abutre pegam fogo, meu churrasco improvisado leva minhas coxas magras, e meu coração amargo, meu cérebro esta recheado com fezes e meus dedos estão vertendo veneno crotalico, hemotoxico e neurotoxico.
Minha querida sentia nojo no inicio, mas ela acabou se acostumando, nós moramos em um lugar quente e sem ventilação, nos refrescamos no plasma coagulado de nossos próprios filhos e matamos a sede tambem. Temos desejos contidos de fuder com outros casais, mas nunca tivemos coragem, eu sou o rei das meias verdades e essa é rainha dos filhos perdidos da calamidade.
Meus desejos foram negados, minha rebeldia é sem causa, meu coração é sábio negro, não vivo nem morro, me casei e me cansei, você e bem vindo em meus sonhos pervertidos, não repare na bagunça por aqui é difícil de organizar as coisas, com o tempo você ira se acostumar.
Me passe o molho estou a temperar minhas costelas, você vai adorar, o sabor é inconfundível e toda vez que eu arranco um pedaço nasce outro, então não se acanhe pegue um lugar sente-se e "bon apetit" meu caro prisioneiro.
sábado, 11 de abril de 2009
Sonhos de um pervertido
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Um comentário:
definitivamente proibido para menores e pessoas de bom gosto.
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