terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Perder o sonhar...

Olhos brilhantes na escuridão,
Gestos geniais de pura expressão.
Corações ardentes, cheios de paixão,
Perdidos em devaneios e desprovidos de razão.

Onde estão os seus sonhos?
Por onde andam seus faunos?
Por que seus olhos estão opacos?

O trabalho ordinário e o cotidiano banal
Transformaram pessoas em maquinas,
Engrenagens de um ciclo perverso que
Um dia será perpetuado por sonhadores
Mais jovens...

Onde estão as flores gigantes?
Por onde andam seus monstros marinhos?
Por que acostumar-se com a estrela do dia se
Durante à noite podemos ver muitas mais?

Abrace meu corpo com paixão e novamente aceite meu presente de bom grado...
Beije meu rosto com os lábios e não se esqueça que a ultima aventura é morrer.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Os filhos da duvida

Nascidos em lares despedaçados pela separação ou ausência, os rebentos da duvida imaginaram um mundo sem dualidades, sem diferenças superficiais, afinal somos todos iguais por sermos humanos. Sangue, carne e ossos, feitos dos mesmos elementos e diferentes somente em nossos pensamentos e ideologias.
Não somos monstros sem índole, desprovidos de valores e orientação moral, muito pelo contrario valorizamos a vida mais do que a maioria, pois acreditamos que essa será nossa única. Nossos corações se enchem de paixão ao imaginar que o mundo é aleatório, que as certezas não passam de mentiras bem elaboradas e que as possibilidades direcionam nossos sonhos.
Livros absolutos não fazem parte de nossas vidas, nada é absoluto, tudo é questionável, até mesmo crenças no sagrado e divino senhor das verdades absurdas. O conhecimento é a variável mais pessoal que existe, não pode estar contido em uma única leitura, é por essa razão que os livros sagrados e as crenças em palavras divinas despertam tanta ignorância.
Os homens intolerantes e de vontade fraca encontram em suas diferenças motivos para justificar suas ações, enquanto as crias da duvida encaram as diferenças com curiosidade e prazer.
Quando questionados, os homens de fé defendem-se com palavras antigas de algum dos livros sagrados, escritos por pessoas perturbadas de um período violento e distante, ao contrario dos homens movidos pela razão das lógicas variáveis, eles podem e irão questionar todas as motivações envolvidas na defesa de suas opiniões.
Emoções autênticas habitam as vidas desses jovens brilhantes (ou não), eles não precisam saber o que lhes espera após a morte, pois viver sem certezas foi emocionante, extraordinário e mais interessante do que qualquer religião baseada em alguma escritura enigmática dos homens antigos.
Amamos primeiro nossas paixões, depois nossos amigos e família. Protegemos o próximo mesmo sem sermos obrigados, nosso senso de dever para com a vida é mais forte, pois o pós vida é somente uma desculpa fantasiosa para continuarmos persistindo em nossas mesquinharias.
Nada é superior. As possibilidades dos acontecimentos fascinam, e simples coincidências não devem ser legadas às criaturas do imaginário, mas sim aos indivíduos que atuam no decorrer das metas de um objetivo que podem ser tanto coletivas, quanto pessoais.
Estamos duvidando até mesmo de nós mesmos, podemos errar e reconhecer, afirmamos e somos corrigidos, negamos para depois ponderar...
Os filhos da duvida nem sempre se entregam aos poderosos senhores da roda rotineira, nem sempre aceitamos um destino, e sem nenhuma exatidão somos seduzidos pelos pregadores da intolerância.
Verdades secretas e mentiras publicas para todos que quiserem acreditar!
Na liberdade e no respeito eu quase confio. Duvido de minhas convicções intimas sem perturbar próximo...

“Um texto dedicado a todos os amigos que consideram as possibilidades infinitas de compreender que nada muda sem o desejo e o sonho de nunca ser esquecido, e esse sim é o descanso final..."