segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Dezesseis pétalas

Todas as pessoas tem sentimentos, não importa o quão oprimidas, manipuladas e alienadas elas estejam, seus corações continuaram batendo. Sensações de rejeição, abandono e medo; rejeitadas, mal amadas não importa a forma como se reage perante as diversas situações do mundo, o corpo se adapta assim como a mente.
Não importa se é um assassino psicopata que não sente culpa ou remorso, esse monstro sente prazer no que faz, seja o médico negligente ou o pivete que matou após o assalto; seja o artista que se vangloria de suas criações ou o orgulhoso empresário que fez milhões as custas do trabalho duro de seus funcionários, todos são providos de emoções. Cada emoção é movida por uma situação distinta, desejos criados por ansiedades indefinidas à cada momento.
O desejo de ter, fazer, ser ou estar, é parâmetro para todas as emoções que sentimos, eu poderia citar milhões de exemplos, mas deixarei isso por conta da imaginação alheia. É nesse momento que me borro de dar risadas.
A primeira pétala é o desejo mesquinho de ser algo, se afirmar como ser humano, exercer ofícios, ser chamado de algo. Essa é a prima corte da razão, aonde o orgulho impera e o imaginário se desfaz, o desejo de ser algo, de ser aceito por determinado grupo, pode até levar certas pessoas a beira da insanidade.
A segunda pétala e a terceira pétala andam de mãos dadas. Fazer e ter, fazer algo e tomar posse; semear e colher; pedir a mão e se casar; prestar serviços e receber pelo trabalho prestado. Parece tudo muito simples, mas não. Inúmeras experiências pessoais podem ser descritas com "fazer e ter". Trabalho e recompensa, criação e posse.
A quarta pétala é retratada pela saudades da terra natal ou o desejo de conhecer uma nova, estar com pessoas é fazer algo, é sentir algo, é ter e ser com essa pessoa... O resto das doze pétalas do conhecimento estão interligadas, a metáfora começa fazer sentido.
Sentir é tudo. Sabor, cheiro, cores e sons; uma realidade regida por compulsão, desejos de ser, fazer, ter e estar. Lindo!

4 comentários:

Eduardo Ferreira disse...

pétalas para sentimentos... um texto tão absurdamente romântico (o período ressalto!) que me veio a idéia do não-pensar, não-sentir a frente.

opacidade pelos excessos ou descaso... maneiro essas metáforas.

the author disse...

Caralho velho, nos poderiamos comecar uma nova religiao, ou semear o descredito nas que existem. Esse e' o material pras duas tarefas. Bom.

Anônimo disse...

Este texto reforça a tese de que a crença na transcendência é algo absurdo, pois Existência do Ser Humano está condicionada à estrutura Kármica dos desejos de ter, fazer, ser ou estar.E é nesse palco dos desejos que desenrola todo drama humano.

nefisto disse...

absurdo é não crer que se pode mover e mudar.
esse foi o que mais pareceu que vc sabia do que estava falando, e sabe né, mas não termina desse jeito por preguiça não. eu me digo a mesma coisa. ja ate escuto tu falando "mas era assim que era pra acabar velho, tu nao sacou?" saquei porra, mas vai alem filho da puta.
e é pelas saudades ou pela saudade?
viu babaca? achei. não tem erro é o caralho. ;)