segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Cosmo cão 1ª Parte

No ano de 1950, nasce de uma ninhada de seis filhotes o cachorro que estaria destinado a mudar o rumo das viagens espaciais, um pastor holandês mais tarde apelidado pelos donos de Cosmo.
Aos dois anos de idade ele começou a ser treinado por seu dono em Kiev, na antiga URSS, para ingressar no programa espacial e participar de um único lançamento em um simples exercício de rotina.
Altamente capacitado, no auge de sua forma física, sadio e bem treinado, Cosmo esta com oito anos de idade quando chega o dia lançamento, o que para ele não fazia diferença alguma.
Vestido com seus trajes espaciais ele é conduzido até chegar a escotilha da cabine do foguete. É chegado o momento da decolagem, os controles são acionados por comandos de voz que os treinadores fazem por radio, os primeiros tanques de combustível começam a queimar e um barulho ensurdecedor toma conta da pista de decolagem, o centro de comando começa contagem...
Durante a aceleração do foguete Cosmo é pressionado contra a cadeira como era no treinamento com as centrifugas, em um piscar de olhos o foguete atinge a velocidade de escape, Cosmo apaga...
Depois de alguns minutos ele acorda desnorteado e observa a grandeza do sol esquentar seu rosto, o pelo preto e lustroso brilha.
Um fecho de luz e um estrondo abafado vindo do tanque de oxigênio anunciava o desastre no modulo espacial, algum corpo estranho havia se chocado com o casco, desgovernado e sem oxigênio, Cosmo é lançado na orbita da terra contra o movimento de rotação do planeta, e por cinqüenta e um anos seu corpo inerte vagou pelo espaço até reentrar a atmosfera...


Ele acorda em uma praia, existem placas de vidro fumegando a sua volta, ele olha seu rosto e percebe a si mesmo no reflexo, uma dor de cabeça forte o faz ganir, ele sente os ossos de seu crânio estalando. Quando a dor passa ele começa a prestar atenção no cheiro da vizinhança e o cheiro é de jantar.

Ele prontamente se lança na busca de alimento, estava faminto.
Um peculiar cheiro de bolo de chocolate o atrai para a varanda de certa casa em Malibu, ele pula a janela da cozinha, devora o bolo inteiro e tira uma soneca. Ele acorda ao perceber que é cutucado por um jovem loiro de cabelo bagunçado e olhos vermelhos:
-Cachorro safado você! Comeu todo meu bolo de maconha vai ficar louco.

Cosmo ouviu essa sentença e tentou repetir:
-Cachooro safaado, cê meu dobolo conha vaii car cão.
O jovem Richard Fry mal acreditou no que seus ouvidos haviam escutado, exclamando:
-Caralho, esse acido é bom mesmo!
-Esse acido é bom mesmo!
-Isso foi estranho, você ta falando!
-Ta falando!
Uma estranha sensação de leveza toma conta de Cosmo ele observa as cores do mundo como elas realmente são, os cheiros e as texturas se misturam formando caminhos no ar, as palavras se juntam como em um quebra cabeça numérico, ele sabe o próprio nome:
-Cosmooof, Cosmo, Cosmo.
-Esse é seu nome meu camarada canino? Pois bem se é para entrar nessa onda mesmo eu vou de cabeça, me chamo Richard.

Richard Fry era um biólogo de 23 anos, seus pais faleceram em um trágico acidente de carro durante seu ultimo ano da faculdade e desde então ele tem torrado sua gorda herança em drogas e sexo com prostitutas. Richard estava recluso em sua casa fazia meses, recebendo somente comida, drogas e mulheres, e agora ao que parece um cachorro falante. Intrigado e começando a questionar a própria sanidade ele resolve tocar Cosmo para confirmar se ele é ou não uma alucinação, mas o cão realmente estava ali para alivio de sua consciência.
-Vem Cosmo vamos nos sentar no sofá e ver televisão, se você realmente pode falar é possível que seja uma das maiores descobertas evolucionistas desse século.

Richard liga o aparelho e diz:
-Bem vindo ao século vinte um meu parceiro canino, esta é uma televisão de alta definição...

Um comentário:

Eduardo Ferreira disse...

caralho curti muito esse dog vítima de raios cósmicos. rs