sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Orion a estrela de Nova Gênesis

Artemisia Hall e Clarion Tan eram colegas de estudo ao sul do continente de Turin Dranor, ela treinava como uma iniciada feiticeira e ele aspirante a pacificador. Desde a infância eles praticaram, estudaram e descobriram a vida juntos. Companheiros inesperados na adolescência, pregando peças, matando aulas, brigando e como era de se esperar se amando. Eles se amaram com tanta força e intensidade que o Pai Celestial resolveu finalmente conceder ao casal o direito de gerar um fruto desse belo amor... Foi quando eu nasci. Minha mãe me recebeu no trigésimo ano do quinto sol, como todas as mulheres de Nova Gênesis ela teve o direito de cuidar de mim, me amamentar e me amar como toda mãe faria com sua prole. Aos três anos de idade eu fui levado a presença do majestoso Pai Celestial no quarto continente, a terra dos céus, a morada das crianças onde todo o nosso povo passa a infância até completar dezesseis anos, é aonde o Pai Celestial em pessoa nos da aula de história universal, ciências paranormais, a geografia de Nova Gênesis, educação física e claro, acaba por descobrir nossas vocações. As aulas de história eram as minhas favoritas, ele nos contava sobre como gostava e ainda ama o primeiro de nós. Anatam o mais belo e inspirador.
Ele falava com pesar de doer o coração. Anatam invejou a segunda criação do Pai, o homem e a mulher, pois a liberdade deles era absoluta. Depois Anatam se sentiu vaidoso, pois ele era belo demais comparado ao resto. Anatam então usou de suas artimanhas para fazer com que os dois adorassem a árvore da tristeza chamada Mictul, eles chegaram até a comer do fruto. Corruptos até a alma foram expulsos de Nova Gênesis e mandados para vagar no belo planeta de Nod mais tarde conhecido como Terra, mas eles não foram sozinhos, Anatam o primeiro de nós foi também o primeiro exilado.
Foi quando o Pai resolveu deixar para traz o passado e deu vida aos seis; Gabriel, Jorge e Mael; Esmeralda, Rubina e Safira todos imortais. Assim que o Pai terminou suas belas criações, deu-lhes a tão cobiçada liberdade, deixou um belo planeta em suas mãos e desapareceu. Eles se amaram e criaram novas gerações, viram seus filhos crescerem e morrerem, vendo netos e bisnetos terem o mesmo destino no decorrer dos anos. Safira que era casada com Gabriel voava pelos campos de Turin Dranor o terceiro continente, quando encontrou uma de suas descendentes aprendendo a voar com a ajuda de sua mãe. A menina era tão parecida com ela própria, cabelos vermelhos, pele azul como o céu e olhos brilhantes e amarelados como o segundo sol; nesse momento Safira foi abatida por uma enorme tristeza de saber que algum dia aquela criança envelheceria e eventualmente iria perecer... Levada pelo sentimento de desespero Safira foi inconscientemente guiada até as raízes da árvore de Mictul, lá ela clamou pela vida de seus descendentes pedindo sabedoria e poder para que eles não envelheçam. Esmeralda casada com Jorge, caminhava pelas florestas de Manon Sereth o terceiro continente, melancólica lembrando de sua ultima filha que morreu afogada; cabelos castanhos, pele verde como a mata, olhos cinzas e sagazes, morta pela água. Seu coração estava inundado de tristeza quando a suave voz de Safira invadiu sua mente implorando a presença dela aos pés da árvore da tristeza... Rubina casada com Mael tinha uma tarefa importante de manter os jovens temerários longe dos vulcões do primeiro continente, Iridul Lavamar era território perigoso para jovens incautos. Ela estava na altura das nuvens observando os pássaros no litoral, distraída ela não percebeu um grupo de jovens voadores brincando de planar no calor de um vulcão. Quando ela percebeu os jovens embriagados de felicidade era tarde demais, os dois garotos foram os primeiros a caírem na enorme rocha escaldante, a terceira jovem que lutava para se equilibrar no ar caiu, e mesmo com a enorme velocidade das asas, Rubina não conseguiu pegar as mãos da jovem de pele vermelha, cabelos loiros e belos e radiantes olhos azuis. Rubina via uma rara descendente de sua linhagem pegar fogo em seus braços. Um calor intenso misto de ódio e tristeza tomou seu corpo, tragando-a ao fogo da insatisfação... A árvore de Mictul tinha as feiticeiras imortais em seus pés, ou melhor em suas raízes. Começava o culto a Mictul e as palavras dele foram "Seus filhos nunca vão morrer, mas os descendentes deles morrerão aos meus pés". Assim disse o senhor da tristeza e assim os "Novogênianos" acataram os jovens só viviam até os dezesseis anos de idade, depois disso eram mortos para dar sangue à árvore do tormento. Mictul crescia e as feiticeiras se alimentavam dos frutos... Mael foi o primeiro a notar que a esposa agia em segredo, rodeada de mistério sempre em encontros com as irmãs, ele sentia angustia. Foi no coração de Iridul Lavamar que ele forjou três armaduras, três armas e três escudos. Mael sentia perigo em sua mulher e em sua casa de fogo. Jorge foi o primeiro a trajar sua armadura prateada, ele queria se lançar em busca de sua mulher desaparecida, portando sua espada e seu escudo foram seus companheiros de jornada. Jorge era forte e poderoso, com a ajuda da fênix seu eterno animal de estimação, começou a rastrear sua mulher Esmeralda. Gabriel terminava sua obra prima, o quarto continente e a terra das crianças. Ao contemplar sua criação feita com a foice dourada ele notou que não haviam crianças, o continente flutuante estava vazio. Sua mulher estava desaparecida a oitenta e nove anos, ele estava desorientado quando encontrou Mael e conveceu-o a se juntar com Jorge.
Por anos eles cruzaram o planeta e só o que encontraram foram novo genianas grávidas voando para o oeste do continente de Iridul Lavamar. Aquele estranho vôo melancólico atraiu a atenção de Gabriel que tratou de seguir as grávidas até chegarem a raiz de Mictul. Eles presenciaram a atrocidade máxima, feiticeiras grávidas alimentando as raízes carnívoras da árvore com seus bebês. Na copa da árvore um dragão vermelho queimava os corpos, um dragão azul congelava e um verde derretia. Revoltados e constrangidos eles reconheceram suas esposas no frenesi destrutivo...
A guerra durou gerações inteiras, o planeta estremeceu em suas fundações, o mal já estava a caminho de ressuscitar e em sua terra natal. Gabriel ergueu sua foice para os céus e lembrou-se de seu criador, estava prestes a decepar sua própria esposa, o dragão azul estava vulnerável devido ao fato de ainda amá-lo. O golpe iria matá-la se não fosse pela intervenção do dragão verde, que acabou morrendo em seu lugar. Jorge imediatamente sentiu todo amor de seu corpo se esvair em uma luz mais intensa que a do astro regente, ele se tornou uma estátua imóvel no ar. Gabriel se sentia perdido, sem ar, sem chão e com o coração partido. Seu próximo golpe com certeza mataria Safira, mas novamente ele foi impedido por outro sacrifício, o dragão vermelho se colocou na direção do corte. Mael chorou tanto que seu corpo caiu mumificado no sangue lavado por suas lágrimas. Gabriel estava projetando seu golpe final quando a voz suave e melodiosa de Safira ecoou em sua mente "Seus filhos nunca vão morrer, mas os descendentes deles morreram aos meus pés". Gabriel lembrou da voz de sua amada e sentiu o desespero de Mictul controlando-a, ele gritou para o dragão como uma ventania do inverno: "Não ao custo de nossas crianças querida, nunca ao custo dessas vidas inocentes, agora você sabe o que deve ser feito abaixe sua cabeça por misericórdia". Antes de desferir o golpe final as lágrimas de Gabriel congelaram e ele fez o que deveria ser feito... Criando as três torres com sua foice dourada e o martelo de fogo, antiga arma de Mael. A torre incandescente em Iridul Lavamar, a torre gelada em Turin Draenor e a torre viva em Manon Sereth.
A ultima obra de Gabriel foi derrubar a árvore da discórdia e acabar com o domínio de Mictul de uma vez por todas. Gabriel pousou em seu solitário continente, contemplou a beleza e olhou para os céus, quando uma luz quente e acolhedora se aproximou dele lentamente... É o Pai Celestial em pessoa que retornou para Nova Genêsis: "Não tema meu filho você fez muito bem, mas o processo lhe manchou meu belo guerreiro alado, você agora deve ir para Nod, mas não como um exilado e sim como um pacificador". Quando o Pai Celestial terminou de contar essa maravilhosa história dos nossos antepassados eu já sabia o que eu queria ser, um pacificador. Eu me arrepio até hoje só de pensar que aventuras me aguardam no planeta de Nod. Com dois anos de idade eu já caminhava, com cinco aprendi a voar, com oito eu me apaixonei pela primeira vez o nome dela era Zatana, com dez na minha primeira briga eu brilhei pela vez, com doze eu já era um dos melhores esgrimistas da turma, com quinze uma aluna de Iridul Lavamar me lançou uma bola de fogo por sentir ciúmes, eu estraçalhei um rochedo e minhas asas se douraram, eu me senti mais vivo do que nunca. A parte chata é que aos dezesseis eu tive que voltar um pacato vilarejo ao sul de Turin Dranor. No início estava tudo maravilhosamente bem eu tinha saudades de minha mãe e não via a hora de treinar com meu pai. Minha mãe não queria de jeito algum que eu fosse um pacificador galáctico, queria que eu fosse um cientista psiônico ou até adestrador de grifons, mas eu dei um jeito de me alistar. Meu pai me perguntou: "Filho, você tem certeza?"e eu respondi "Eu nunca tive tanta certeza na minha vida pai". Foi lá que reencontrei Zatana e treinei dois anos ao lado dela... Eu estava apaixonado e sei que ela também estava por mim, esse momento da minha vida foi como uma espada de dois gumes, eu me formei rapidamente um pacificador e tinha sido designado para a missão da minha vida ajudar a humanidade a se defender de um terrível mal que assolava o planeta de Nod.
Era a missão dos meus sonhos ou a feiticeira pelo qual eu tinha me apaixonado, as palavras dela foram às seguintes "Vá meu amor e retorne logo, eu estarei te esperando" isso me encheu de alegria e coragem foi quando após o ritual de passagem eu perguntei ao grandioso Pai Celestial uma ultima pergunta "Pai e se eu me perder?” ele então me respondeu:"Você encontrara o caminho para casa ao lado do "primeiro" em um portal no ultimo circulo da casa de Anatam". Foi no quadragésimo oitavo ano do quinto sol que eu adentrei o portal para Nod e fui enviado para combater as forças da magia maligna e fazer minha parte para livrar o universo de outros lordes da tristeza, do desespero e do controle. Eu sou Orion Hall, o brilho alado, o coração da luz a estrela de Nova Gênesis.

Um comentário:

nefisto disse...

deve ser massa colocar uns pedaços disso numa biblia e dar pra um crente ler...

então velho, ve se tu consegue usar isso: parece que tu escreve com pressa.